A rapadura é saborosa, gostosa, doce, mas é dura, pouco flexível, apresentando forte resistência para mudar de dimensão quando cortada.
É uma metáfora para mostrar que tudo tem outro lado. Tem correlação com outro ditado – se é bom e bonito não é barato. Lógico que de forma relativa.
Vamos a algumas aplicações em gestão:
– gerenciamento de projetos, as três primeiras variáveis restritivas (triângulo de ferro) são prazo, custo e qualidade. Ou seja, se é de alta qualidade, vai demorar mais e custar mais.
– gestão de operações, quando tem-se: qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo. De modo similar, ser atendido de forma rápida custa mais e flexibilidade é menor. Por exemplo, para delivery de pizza, atender esse requisito, pode ter que contratar mais motoboys e diminuir opções de cardápio.
É um “trade-off” – ganha-se de um lado e perde-se de outro.
Excetuando-se a ciência pura – exemplo Teorema de Pitágoras “a soma dos quadrados dos catetos é igual a soma do quadrado da hipotenusa” – o resto pode ter discussão, pode ter mais de um lado.
E o papel do gestor é escolher qual variável restritiva (lado) é prioritária para o caso em questão.
É o dilema da rapadura. Sempre presente.
Josadak Marçola