O gato subiu no telhado

Ao invés de dizer: “O gato morreu”, prepare o terreno dizendo: “O gato subiu no telhado. O gato perdeu o equilíbrio. O gato caiu do telhado. O gato morreu”.

Agora, pense num gestor chegar falando: “Gente a situação tá difícil. Tenho uma péssima notícia pra vocês. Vamos demitir 40% da nossa força de trabalho e não temos como pagar a rescisão.”

Mas não é mesma coisa? O teor da notícia não é o mesmo? É sim, mas COMO é dito, faz toda a diferença, mesmo sendo O QUE é dito igual. A princípio, a mensagem é idêntica, mas a humanização do processo muda a percepção.

É muito diferente fazer uma demissão seca por telegrama e a mesma demissão ser feita num processo estruturado, com superior hierárquico, Recursos Humanos, extensão do plano de saúde por alguns meses, doação do notebook de trabalho. A coisa muda.

É uma utilização da dessensibilização sistemática (Joseph Wolpe), desenvolvida para amenizar fobias, no sentido de preparar os ouvintes para uma uma tragédia anunciada, dita em doses homeopáticas, para evitar picos de ansiedade.

Mas subir no telhado não é morrer.

E se fizéssemos algumas questões de pesquisa:
– como tirar o gato do telhado?
– como cuidar dos ferimentos do gato?

É importante transmutar.

Josadak Marçola

#comunicação

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