Como diz Renato Russo, na música os Índios – “fala demais mas não tem nada dizer” e Charlie Brown em Senhor do Tempo – “falam, o tempo todo, mas não tem nada a dizer”.
Completando, são pessoas que além de falar muito, falar o tempo todo, falar alto ou gritar, buscam autoafirmar-se perante seu interlocutor, até mesmo interrompendo a conversa de todos, e a todo e qualquer momento procuram demonstrar que são donos da melhor análise ou melhor solução.
Tem melhorado, mas é comum encontrarmos profissionais com essa característica nas empresas, notadamente em cargos de chefia. Parece que para justificarem o cargo ou afirmarem-se como conhecedores do assunto desejam controlar toda e qualquer conversa.
Não percebem que intimidam os colaboradores, que deixam de contribuir em virtude de um direcionamento prévio estabelecido pelo chefe, inibindo o aparecimento de ótimas soluções, ou mesmo a falta de sugestões para evitar os conflitos na equipe.
Líderes competentes, bons naquilo que é essencialmente humano, não são carroças vazias. Trabalham em silêncio, harmônica e sinergicamente.
Despertam o senso de colaboração, dizendo PORQUE o projeto precisa ser feito, deixando o resto da fala para equipe.
Josadak Marçola