Metas? Com elas o resultado será melhor?

Caso você estivesse dirigindo o carro numa estrada, totalmente desprovido de qualquer tipo de placa de sinalização, como você pilotaria? Sua viagem seria mais segura? Desprovida de acidentes? Isenta de multas? Qual velocidade você desenvolveria nos diferentes trechos da pista?

Caso você fosse um atleta olímpico, praticante da modalidade de salto em altura, e tivesse um técnico duro que lhe falasse “Faça o melhor possível. É isso que esperamos de você” e não houvesse um sarrafo real para delimitar a altura mínima necessária para avançar para um próximo estágio, como seria seu resultado em dez tentativas?

Acrescente, em ambos os casos, respectivamente, placas de sinalização de velocidade estipulando 80 km/h e sarrafo posicionado na altura inicial de 1,60 m e elevação progressiva de 0,2 m, a medida que o estágio anterior é alcançado. Sendo você um motorista consciente e respeitador sua viagem será mais segura e sem multas? Seus resultados como atleta seriam mais efetivos nas mesmas tentativas?

Claramente os resultados seriam melhores. Estudos técnico-científicos desenvolvidos por órgãos responsáveis pelo trânsito e pesquisadores do campo esportivo comprovam tal fato.

Mas qual o papel simbólico desempenhado pela placa de sinalização de velocidade e o sarrafo? Por que a simples adoção desses elementos altera positivamente o resultado?

Esses elementos desempenham o papel da referência. Basicamente isso. Ao fixar um índice – meta é número a ser alcançado num determinado prazo – a ser atingido e/ou mantido direciona-se os esforços e as ações no sentido de obter o valor pré-determinado, e que em tese trará bons resultados.

Para o motorista os benefícios são menor risco de acidente e ausência de multas. Esse é o ganho. Para o atleta, denota um caráter motivacional de vencer um desafio, superar uma marca pessoal, quebrar um recorde esportivo na sua alçada de competição.

Deslocando-se, agora, para o mundo empresarial, pode-se intuir que a situação é análoga, porém mais danosa e severa, caso haja ausência de metas. Como as corporações e empresas são entidades compostas por diversos departamentos e seções, com níveis hierárquicos distintos, múltiplos processos de negócios e objetivos diferentes, dizer a todos os colaboradores “façam o melhor possível” é muito pouco. O resultado será pífio.

Cabe ao dirigentes da organização, para os diversos objetivos a serem atingidos, definir um conjunto adequado de indicadores de desempenho de gestão e de monitoramento, sem cair na tentação inicial de querer medir e controlar tudo, mantendo o foco naquilo que é importante para o sucesso da empresa, comunicar e treinar funcionários envolvidos, ao mesmo tempo que estipula as metas para cada indicador.

Mas como estabelecer metas? Metas de fácil obtenção não promovem o desenvolvimento da organização nem aumento do nível de competitividade da empresa, além de não contribuir para atingimento dos objetivos e não produzir um sensação de vitória na equipe. Metas de extrema dificuldade, impossíveis de serem alçançadas, ocasionam anseio, medo, falta de expectativa positiva e impedem o despertar da motivação. A regra principal é definir metas agressivas e factíveis de serem alçançadas. Isso ativará um expectativa positiva e criará um impulso para que ações coordenadas sejam realizadas, produzindo um resultado satisfatório.

Mas estabelecer metas não é um processo estático. A medida que o tempo passa, os objetivos mudam, a organização evolui, é necessário rever os valores das metas, adaptando-as à realidade atual. É salutar reduzi-la, se ela parece inatingível, ou majorá-la, quando torna-se extremamente fácil.

Quem não mede não controla e quem não controla não administra. Portanto é necessário medir cada etapa das ações realizadas, para verificar se os movimentados executados estão conduzindo em direção dos objetivos e metas, dentro do prazo estipulado.

Logo defina, escreva e monitore periodicamente as metas. Crie um quadro de gestão a vista na empresa e mostre para toda a equipe de colaboradores qual é o mapa de evolução. Os funcionários gostam de saber qual estrada estão percorrendo. Qual é a próxima parada. Para qual destino. E como esta o desempenho da equipe e dele próprio.

Por fim, celebre as conquistas. Atingir uma meta desafiadora deve ser motivo de orgulho e reconhecimento. Esse reconhecimento valoriza as contribuições dos colaboradores, trará um sentido de inserção e produzirá energia para prosseguimento do trabalho e atingimento de outras metas, levando a empresa paulatinamente para um patamar elevado de competitividade.

Utilize as metas como ferramenta de gestão e de apoio às estratégias desenvolvidas e formuladas pela empresa, de forma sistêmica e contínua, informando e conscientizando todos os funcionários da importância da obtenção dos valores pré-estabelecidos para haver êxito na atividade empresarial. Além de manter o foco nos fatores críticos de sucesso, haverá maior motivação para buscar resultados, afinal todo mundo gosta de quebrar recordes e jogar em time vencedor.

Josadak Marçola

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