Para o filósofo inglês Hobbes (sécs. 16 e 17), na sua essência o homem não é um ser do bem. Para filósofo francês Russeau (séc. 18), o homem é bom por natureza, sendo que a sociedade o corrompe.
Já Monja Coen (nossa contemporânea) diz que há muita gente boa no mundo. Apesar dos jornais anunciarem tantos ladrões, eles ainda são poucos. A grande maioria é correta, só que o fato de ser correto não produz manchete.
Sem ser ingênuo, infantil e romântico compactuo com frase de a maioria dos seres humanos são bons, pois caso contrário todos nós estaríamos vigilantes na expectativa de que um momento adequado acontecesse para praticarmos um delito (um furto ou coisa que o valha)
O ditado é uma falsa crença, e foi bem corrigido por Machado de Assis (1839-1908) que escreveu “A ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito.” Ou de uma frase anônima – “A ocasião revela o ladrão”.
E nas empresas, temos que minimizar ocasiões propícias ao furto. Assim:
- Segregação de funções – quem pede não compra, quem compra não recebe, quem recebe não paga;
- Níveis de alçada para aprovação de pedidos;
- Auditorias externas e internas;
- Compliance e governança corporativa.
Mas não precisa ficar neurótico colocando trava em tudo que é processo.
Josadak Marçola