Este adágio popular tem alguns significados, sustentados e similares a outros ditados, como “Me diga com quem tu andas que te direi quem és” ou “pardal que sai com morcego acorda de ponta cabeça”.
Relacionando este provérbio ao fato de um pássaro (papagaio) admirar tanto outro pássaro (joão-de-barro), que acaba por abandonar sua essência, seu propósito e se deixa levar, vivendo a vida de outro ser.
Note que na essência, o joão-de-barro é um construtor, e o papagaio um imitador. Logo, o papagaio até pode imitar o joão-de-barro, mas deveria ser por um curto espaço de tempo, e para aumentar o portfólio e a linha de produtos deveria imitar a outros seres também. Seres porque não deve se restringir somente a pássaros.
Assim é com a empresas.
Se por admirar tanto, ficar somente copiando, terá sempre um papel secundário, de coadjuvante. Será sempre um figurante. Nunca será um player.
Pode até copiar. Mas deve copiar melhorando e adaptando.
Pode até copiar. No início. Mas depois, deve ter projetos de criação e inovação.
As empresas são diferentes – história, propósito, cultura, organograma, etc. Mesmo estando no mesmo setor, com produtos iguais, e estarem na mesma região.
Não dá para viver a vida dos outros.
Josadak Marçola