Também é encontrado com outras formulações, substituindo-se santo por cego, velho, mendigo. Traz a ideia que quando aparece uma doação extremamente generosa é recomendado manter-se atento, pois algo em troca será requerido.
Sob a ótica de gestão empresarial, vou abordar este ditado como uma transação comercial de cliente-fornecedor dentro da cadeia de suprimentos.
A interface deve ser de relacionamento e feita reiterada vezes. Não pode ser uma relação fortuita realizada uma única vez. O santo quer continuar ganhando esmola por muito tempo. E para isso precisa entregar milagres.
Entenda que a esmola aqui pode ser uma proposta técnico-comercial com elevado escopo e qualidade e baixo preço, que o fornecedor sabe que não irá entregar, mas elabora mesmo assim porque precisa pegar a encomenda, para levar serviço e ter caixa.
Ou, o cliente, utiliza pouco conhecimento do fornecedor na precificação do orçamento, colocando escopo ampliado e multas por não cumprimento, ou faz um pedido grande sabendo antecipadamente que não poderá honrar o compromisso assumido.
A relação tem que ser baseada na confiança, do tipo ganha-ganha, senão será efêmera.
Josadak Marçola